Sou um amante do cinema. Não tenho nenhuma categoria preferida. Tanto me emociono com a ternura de Bruce Lee, a partir ossos, como aprecio a solidez com que Humphrey Bogart beija Ingrid Bergman em Casablanca.
Talvez por ter esta forma eclética de ver cinema, consegui detectar um denominador comum a todos os estilos. Algo que, nem mesmo, Lauro António ousou conseguir.
Uma frase.
Uma frase que sendo, aparentemente, romântica é utilizada de forma indiscriminada e independentemente da quantidade de sangue derramado durante a película.
“Encontrei o homem da minha vida” (a frase)
Estando o cinema intimamente ligado à vida, chego à conclusão que todos os argumentistas e realizadores querem ouvir esta frase, ou pensam que toda a humanidade a quer ouvir.
Tenho plena consciência da impossibilidade de alguma vez esta frase me ser dirigida por um ser vivo, mas gosto de sonhar.
Gosto também de estar prevenido e, como tal, já pensei na resposta que darei.
Menina! (é o inicio da resposta)
Em primeiro lugar.
Não sei se “homem” é a palavra ideal. Acho, “palerma”, bem mais indicado, quando se fala da minha pessoa.
Em segundo lugar.
Devo dizer, que a tenho em grande consideração, e como tal, tenho dúvidas que me tenha encontrado. Encontrar pressupõe uma procura e não acredito que andasse à procura de um palerma. Apareci por acaso.
Por fim.
Sou muito palerma, mas tenho noção dos meus limites. Haverá, certamente, palermas bem mais dedicados que eu, pelo que, “vida” me parece um pouco exagerado.
Concluo, então, que pensa algo como isto:
- Apareceu, por acaso, o palerma do momento.
Na minha singular e modesta palermice, vejo apenas uma solução.
Tornaremos este momento eterno.
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