terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A fábula de Copenhaga

Bastante, se tem comentado, a cimeira de Copenhaga. Assaz, tem sido a vozearia, acerca do acordo alcançado nessa mesma cimeira. Imensa, foi a palração, sobre o seu fracasso. Foi até, intensa, a forma como se articulou sobre a sua falta de ambição, objectividade e conteúdo. Houve, inclusive, quem colocasse a liderança da U.E., no processo das negociações climáticas, como sinónimo de insucesso, colocando E.U.A. e China, como novos líderes do processo.
Pessoalmente, considero todos estes comentários, como uma fabulação sectária, produzida por fanchones ianques de ascendência cantonesa. (Sei que é um conceito sinistro, mas dar-lhe-ei um momento para recuperar… Recuperou? Continuemos.) Profiro esta afirmação baseado em três factos:
- 1º Facto -
Numa situação normal, a presença de Shakira nesta cimeira, seria alvo de uma cobertura mediática extrema, focada nas voluptuosas curvas que acompanham a sua doce voz. Neste caso, houve apenas, uma ligeira atenção à sua mudança de penteado. Sinal claro de fanchonismo.
- 2º Facto -
E.U.A. e China são os dois maiores emissores de CO2 do planeta. Colocá-los na liderança de um processo que tem como principal objectivo a redução dessas emissões, parece-me tão inócuo, como, colocar um alcoólatra atrás do balcão de uma taberna e, esperar, que não beba.
- 3º Facto -
As primeiras acções tomadas, após o acordo de Copenhaga, foram-no, na U.E.. Mais concretamente no Reino Unido. A cadeia de hotéis, Holiday Inn, resolveu colocar funcionários na cama com os seus clientes, até que o frio passe. Os funcionários deitar-se-ão na cama dos hóspedes, cinco minutos antes de estes o fazerem, garantindo-lhes assim, uma noite quente e descansada. Segundo os seus responsáveis, esta atitude, visa cumprir com as resoluções tomadas na cimeira nórdica, ao reduzir as emissões de CO2 produzidas por aquecedores e aparelhos de ar condicionado.
Esta medida, sendo seguida por outras cadeias de hotéis e expandida a casas particulares, irá, penso, reduzir drasticamente as emissões de CO2, bem como, a percentagem de desempregados no mundo.
Parece-me claro, portanto, que a U.E. se mantém na vanguarda. Devendo liderar o processo de negociações climáticas, mas também, o processo de renovação da economia mundial.

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